Eu não sei o que eu tinha visto nela. Talvez fossem os cabelos enrolados, mas provavelmente eram os olhos amendoados. Aqueles olhos profundos que sugavam quem os encarasse, deixando somente a vontade de se entregar a ela por inteiro.
Nós nunca nos beijamos, os lábios preferiram os sons ao toque. Ela falava sobre tudo: cinema, literatura, histórias de detetives. Trocamos segredos íntimos no primeiro encontro. Um dia, sem motivo algum, ela sumiu.
Não estava em casa, não foi à faculdade, não atendia o telefone. Partiu como uma brisa, de forma tão repentina quanto havia aparecido. Não foi a primeira na terra dos ventos, mas foi, de longe, a mais significativa.
Ela gostava de Creedance...
(como diria Vanessa Zandoná: "isso só é bonito no papel / porque na realidade é uma merda")
6 comentários:
que lindo isso João.
Tita!! diz:
mazoo
Tita!! diz:
john
Tita!! diz:
romanticoo
Tita!! diz:
gosto do jeito d tu escreve
Ela gostava (de Creedance)...
Entendo esse lance de "mais signiicativa", o problema e que sempre nos decepcionam...
mas tudo bem...
isso serve para as coisas ficarem bonitas no papel...uahauahau
bjbjbjb
Freud explica e Neil Young canta.
Rá!
"Enquanto Freud explica as coisas, o diabo fica dando toque"
Raulzito sabia tudo...
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