2008/10/16

Contos de um amor anunciado

Eles estavam ficando já fazia algum tempo. Um mês, dois meses, não importa. Quando se viam, ela se jogava nos braços dele, envolta na mais completa felicidade. Ele, no entanto, não estava muito seguro do relacionamento.

Não que ela não fosse uma pessoa legal, pelo contrário, era divertida e com conteúdo. O problema é que ele sentia que faltava um "algo a mais". Não que fosse cafageste, muito pelo contrário: tinha fama de ter consideração com os outros. É que ele sabia que continuar aquela mentira ia ser ruim para os dois.

Um dia, ela o convidou para ir à sua casa. Ele teve medo que fosse ser apresentado para os pais dela como namorado, e não soube dizer se sentiu alívio ou terror quando ela lhe contou que estaria sozinha.

Foi ao encontro dela, mesmo que um pouco contrariado. Encontrou-a na porta do apartamento, de roupão. Pressentiu algo estranho e um frio percorreu sua espinha. Ela fechou a porta enquanto ele se sentava no sofá. Em seguida, sentou-se ao seu lado, pegou a mão dele e, com carinho, levou-a ao próprio seio.

Ele, num movimento nem tão involuntário assim, afastou a mão e segurou a dela, pousando-as suavemente em seu colo. Olhou nos olhos dela e viu que era amado. Contou-a mesmo assim sobre seus sentimentos. Ela implorou. Ele não cedeu.

Foi embora algum tempo depois, deixando para trás uma menina jovem, apaixonada, louca pra dar e em prantos. Ele próprio sentia um nó na garganta, porém sabia que havia feito a coisa certa. Para ele e – especialmente – para ela.

O que não passava pela sua cabeça é que seus amigos já suspeitavam que ele estava tendo um caso. Chegou em sua casa e, após fechar o portao, percorreu o jardim até a porta principal. Os amigos pularam por detrás das árvores em alvoroço. Começaram a dançar ao redor dele, gritando "tá namorando, tá namorando!". Ele, obviamente, foi pego de surpresa.

Ficou algum tempo parado, pasmo. Em seguida, ignorando a todos, entrou em casa. Pegou o telefone e ligou para ela. Disse que estava arrependido. Ela, ainda em prantos, o perdoou e eles reataram. Ele negaria até a morte, mas uma lágrima escorreu de seus olhos.

Ele não gostava dela. Sabia que não ia dar certo, mas era o destino. Por mais que relutasse, era tarde demais.

A dancinha nunca se engana.


(João Vicente Kurtz aguarda ansiosamente o dia que o buddypoke tiver a opção "fazer dancinha")

5 comentários:

Valen disse...

usahsuashasu
Concordo plenamente...
Ninguém resiste a dancinha...
e tmb quero fazer a dança no poke..
suahsushasu

Tuam disse...

Kurtz Dançante diz:
Eu tinha lido algo sobre "não comente esse post" e ia comentar só de sacanagem.

Mas a mensagem sumiu, então não dá nada.

Donzela Caçadora diz:
"Não dá nada"?...
Pra ti e pro teu nebuloso futuro na Terra, Mestre Kurtz, sempre dá...

Tuam disse...

... E pobre da srtáááh que se apaixona por "bochechas mimáveis", meu miguxo...
... Eu sou uma que devo ficar bem longe de PF...
... Que aliás não existe. Sustento.

Sikora disse...

Como bom romance em pessoa que eu sou, e olha que deixei de ser faz um tempão, devo dizer que essa tese sobre a dancinha é perfeita. Uma história de amor tocante.

Obrigado Kurtz por conseguir colocar em palavras todo o amor do mundo.


Haehuheauheauheauhauehauehuae
aeuhaehuaehuhaeuhaeuhaeuhaeuauehae
auhheauaehuhaeuaeuhauehauehuaeaeha

Agora, falando sério, mto divertido. Me estourei rindo, mas isso tu viu, pois afinal, tava lendo na tua frente.

Huaeheahuaehuhaeuhaeuhaeuhaeu

Unknown disse...

Isso quer dizer o q ?
Q e to namorando ?
hauhauahuahauhua

adooooooooooro vcs, mas por favor...
SEM DANCINHA!!!
bjooo

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