2005/09/30

Jornada do sabão de côco nas estrelas

Prelúdio: Para o seguinte texto recomenda-se ouvir a abertura de Star Trek, a série original.

Introdução: O espaço é grande, grande mesmo. Tão grande que nem o Rudimar gritando daria pra ouvir de todo ele, que nem o Possamai pulando tocaria o teto. Mas nem tao grande para que um ser simplório escape das assustadores garras da Letchi. Maior que o espaço certamente são os universos paralelos. Cada vez que um elétron decide se mover ele cria inúmeros universos paralelos. Como muitos elétrons se movimentam ao mesmo tempo, eles sempre criam uma quantidade inigualável de universos paralelos. Isso a cada instante. Moral da história: a única coisa maior que a quantidade de universos paralelos existentes é o qüociente de fofura do Diego (medido em paulas por segundo). Cada um destes universos difere dos outros, alguns por meros detalhes e outros por variações abissais. Essa história se passa no mais estranho, bizarro e idiota universo paralelo que já existiu: o nosso.

Robson Rotten era um garoto normal que bebia leite pela orelha como todo mundo. Somente um detalhe o separava dos garotos comuns de sua idade: era fanático por Star Trek. Fanático mesmo, a ponto de ter uma tiara especial feita artesanalmente em casa com dois acessórios nas pontas que ele chamava carinhosamente de Spock mimi mode. Ele até mesmo chegou ao extremo de participar de todos os congressos oficiais da série que ocorreram na sua querida cidade de Passo Fundo (ou seja: 0).

Essa história aconteceu de verdade mas, se não fosse por esse texto, o jovem Robson não saberia dela. Aconteceu em uma noite na qual ele estava navegando no seu site de besteiras favorito (que infelizmente ainda não é o nosso) quando encontrou esta referência a sua série favorita, na qual ele encontrou um acervo de músicas cantadas por seus dois ídolos favoritos: William Shatner e Leonard Nimoy.

O brilho nos olhos de Robson se apagaram quando ele percebeu a blasfêmia que era ouvir a voz do Kirk associada com aquelas músicas, especialmente uma versão horrível de Lucy in the sky with diamonds. Seu mundo caiu naquele instante.

Foi aí que Robson Rotten, de olhos arregalados e pensamentos erradios, tomou uma decisão que mudaria o rumo de sua vida: ele iria insultar o universo (ops, referência errada!) Ele iria perseguir e destruir todas as pessoas que tiveram algum contato com aquela música, desde os produtores até qualquer um que tivesse ouvido aquele barulho. Ele pegou sua mochila, colocou dentro algumas roupas, suas orelhas, um mapa e balas sabor funcho da Pietrobon. Na cintura, pôs um phaser que ele mesmo fez durante as aulas de psiquiatria (a única aplicação útil que ele encontrou para os conceitos de psicologia reversa e efeito placebo). Aí pegou seu celular, apertou alguns botões aleatórios e disse:

- Scotty, fixe minha localização e me suba agora!

Ficou parado por alguns instantes mas nada aconteceu. Mais algum tempo e nada aconteceu de novo. E nada. E nada. E nada. Aí uma voz conhecida ecoou ao longe:

- Filho, vem jantar!

Então Robson disse "oba" e foi correndo para a cozinha, onde passou a noite se empanturrando de coca-cola e daquele divino sabão de cocô. Mas se ele tivesse aguentado mais dez segundos teria sido teleportado.

Um comentário:

Anônimo disse...

o que eu estava procurando, obrigado

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