2007/01/12

O doceiro (parte 1)

O mês de janeiro do ano de 2002 começou com agradáveis surpresas para nove jovens estudantes recém saídos do segundo grau. Cinco deles passaram no vestibular aquele ano, enquanto os outros também tinham motivos particulares para se sentirem felizes. O destino dessas pessoas de ideologias diferentes mas com um passado em comum era óbvio: a praia.

Na bagagem, levavam tudo aquilo que adolescentes de 17 anos precisam: álcool. Em direção à Capão da Canoa, naquela que seria conhecida como a famosa casa de praia da vó do Kurtz. E eu, como recém aprovado para o curso de Ciências da Computação, não poderia estar mais feliz. Saímos de Passo Fundo numa manhã de quinta-feira, após uma noite mal dormida assistindo Forrest Gump e um seriado ao estilo Power Rangers medieval cujo nome se perdeu nos anais do tempo. Como a única pessoa que gosta disso é o Sikora, dá pra imaginar a qualidade (Q.E.D.).

Porto Alegre nos recebeu de braços abertos perto das 11 horas da manhã. A rodoviária nos traria duas surpresas. A primeira delas, que nem era tão surpreendente assim, era a Tiane, irmã do Norton (nosso cabeludo e músico de plantão), que fora encarregada de comprar nossas passagens para Capão da Canoa, assim não arriscaríamos ficar sem passagens ou ter de deixar alguém pra trás. O que, pensando bem, seria extremamente divertido. A segunda surpresa era ninguém menos que Robson, um homem tão frio que causa inveja em Ikari Gendou. Robson, também conhecido como Mansion-sensei (em referência ao dr. House), estava na capital em uma merecida semana de férias pós-vestibular e naquele momento se dirigia para a plataforma 26 para pegar o ônibus de volta para casa. Perguntado sobre a sensação de encontrar metade da antiga turma de segundo grau 310km de distância da escola (pelo menos metade de quem presta), Robson respondeu:

- Qero matar todos por não estar indo junto.

Os eventuais erros de ortografia e concordância verbal provam sua raiva reprimida, ao contrário da cara de total espanto que fez naquele momento. Após o encontro inusitado, entramos no ônibus que nos levou à praia para mais um encontro não planejado, embora amplamente agitado: ao lado de Geison, sentou-se uma menina pouco mais jovem que ele, e muito feia (não tanto quanto à do Cassiano, mas vamos a ela em outra hora), com a qual ele passou a viagem inteira trovando conversando.

Em Capão da Canoa, chovia. Não aquela chuva torrencial característica das praias e sim aquela chuva de verão que geralmente acontece no... verão. Por sorte, outra pessoa inusitada apareceu: era Valmir, que estava com a família na praia e apareceu de surpresa para ver... o Gonzalo. Aproveitando a deixa, ele deu carona para o amigo, para o dono da casa (eu) e para as bagagens que couberam no seu carro. Como Cassiano e João Pedro conheciam o caminho, não foi difícil para eles guiarem o resto do pessoal para a casa, assim como pastores guiam ovelhas (e nesse sentido, não resta dúvidas que, se estivesse entre nós, Robson seria a ovelha negra).

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Um comentário:

Anônimo disse...

sahsuahsuahushaushauhsuah

gostei da chuva de verao q soh ocorre no verao
shaushuahushau

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