2008/08/20

Freud explica

Eu não sei o que eu tinha visto nela. Talvez fossem os cabelos enrolados, mas provavelmente eram os olhos amendoados. Aqueles olhos profundos que sugavam quem os encarasse, deixando somente a vontade de se entregar a ela por inteiro.

Nós nunca nos beijamos, os lábios preferiram os sons ao toque. Ela falava sobre tudo: cinema, literatura, histórias de detetives. Trocamos segredos íntimos no primeiro encontro. Um dia, sem motivo algum, ela sumiu.

Não estava em casa, não foi à faculdade, não atendia o telefone. Partiu como uma brisa, de forma tão repentina quanto havia aparecido. Não foi a primeira na terra dos ventos, mas foi, de longe, a mais significativa.

Ela gostava de Creedance...



(como diria Vanessa Zandoná: "isso só é bonito no papel / porque na realidade é uma merda")

6 comentários:

Anônimo disse...

que lindo isso João.

Anônimo disse...

Tita!! diz:
mazoo
Tita!! diz:
john
Tita!! diz:
romanticoo
Tita!! diz:
gosto do jeito d tu escreve

Anônimo disse...

Ela gostava (de Creedance)...

Valen disse...

Entendo esse lance de "mais signiicativa", o problema e que sempre nos decepcionam...

mas tudo bem...

isso serve para as coisas ficarem bonitas no papel...uahauahau

bjbjbjb

Anônimo disse...

Freud explica e Neil Young canta.
Rá!

Unknown disse...

"Enquanto Freud explica as coisas, o diabo fica dando toque"
Raulzito sabia tudo...

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