Acordar às 6 da manhã nunca foi tão fácil. O problema foi correr ao computador, catar o site da Feira do Livro e se meter a escrever uma matéria. 7:30 já estou na parada. Um recorde, chego na aula antes do professor. Aí é só pegar um computador livre, dar uma tratada nos textos e depois de umas duas horas já estou liberado. E só tinha passado uma hora. Como tem aula ao meio dia, são três horas de descanso só andando para lá e para cá na PUC.
Descanso? Ledo engano. Graças à gripe que me abateu no dia anterior e a total ausência de remédio adequado, minha cabeça fez menção de explodir várias vezes. E eu lá, praticamente uma fábrica de catarro. Só hoje o custo da universidade com papel higiênico subiu 20%. Díficil foi suportar.
Então, aí por 10:30, o professor resolve corrigir meus trabalhos. O texto do Casamento recebeu nota 7, sendo 0 de edição. Como a nota era boa (cada uma das 5 avaliações do texto vale 2), não valia a pena reclamar. Nem estava em condições. Um comentário do professor estampava: "estilo similar ao Nelson Rodrigues". Como eu não sei o que isso significa, estou seriamente considerando aquela velha idéia de ler um Saramago.
E com os trabalhos atrasados em mão (tendo um deles um dez estampado), tudo o que eu precisava era não ir mau no segundo texto, aquele feito literalmente na última hora. Esse recebeu um 7,5 bonitinho, que selou minha média final: 7. O professor olha o número na calculadora, faz cara feia, acha estranho. Revê a folha de chamada: "Ah, esqueci essa nota!". Era um 8, e essa foi a média final.
Meio dia então, lá estava eu, aula de japonês. Mal, mal. Lá não aconteceu nada de útil, só minhas constantes idas ao banheiro para gastar papel higiênico. Não resisto, peço para sair mais cedo, sensei concorda. Almoço em um restaurante perto de casa e, quando chego, às duas, me jogo na cama, acabado. Não dá mais.
São cinco horas, tomo um banho e ligo pro pai. Ele me recomenda comprar o tal remédio. Não tem como evitar, e lá vou eu para o mercado, aproveitar e comprar mantimentos para o resto da semana. Em casa, pingo o remédio no nariz e, nem cinco minutos depois, vem o alívio. Um problema a menos.
Sete horas começo o próximo trabalho, mas não consigo desenvolver. Pesquisar bibliografia na internet, como todo mundo sabe, não rende. Sorte minha ter um livro sobre história da literatura no arquivo. Me ponho a lê-lo e às 9 horas o trabalho começa. Escrevo direto até às 11. Na janela do Firefox, nunca vi tantas tabs abertas. Então vem a estafa mental. Hora de descansar um pouco.
Para amanhã: Seis páginas sobre Lima Barreto (das quais três e mais um pouco já estão escritas) e uma prova de sociologia que, algo me diz, não vou estudar. Na quarta-feira, estou fadado a me fuder.
2005/11/22
La semana de la Muerte (dia 2)
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