Foto: João Vicente Kurtz/MBB Arte sobre foto: Diego-fofo/ES |
Em 2005, ela não sabia o quanto sua vida se mesclaria à daquela cidade |
Tá certo que é notícia meio antiga (do dia 15 de setembro ainda), mas li eu no Balaio do Kotscho (o novo blog na esfera midiática que virou meio que mania na blogosfera – ou no pouco que eu frequento, pelo menos) essa história sobre hotéis e hospedagem.
Não era para esse rumo que esse texto ia, mas durante a escrita do último parágrafo veio-me à mente um velho mito grego. Conta a lenda que Zeus, o eterno deus do trovão, além de ser pai dos outros deuses, também era o regente da hospitalidade. Um belo dia, disposto a ver se as pessoas efetivamente praticavam essa virtude, Zeus desceu à terra acompanhado de seu filho Hermes, antigo mensageiro dos deuses e atual revenda de produtos.
Após escolherem uma vila ao acaso (aham!), ambos, pai e filho, passaram casa por casa disfarçados de viajantes, pedindo apenas por um pernoite e um prato de comida. Da mesma forma, casa por casa foram rejeitados, sempre por famílias ricas e com condições de repartir. Foi apenas em um casebre caindo aos pedaços que eles foram recebidos. Os moradores eram um casal de velhos, que se esforçaram ao máximo para satisfazer aos viajantes, repartindo o pouco chão e a pouca comida que tinham.
O final desta história não me recordo direito, mas gira em torno das linhas "Zeus matou todo mundo menos os velhos" ou "Zeus deu aos velhos algum dom divino". O fato é que, invejoso, Jesus Cristo faria uma parábola semelhante sobre uma mulher que doava para o templo as únicas duas moedas de ouro que possuia.
Este mito grego me ensinou uma lição muito importante: se você tem poderes e é o Sílvio Santos manda-chuva do pedaço, é permitido usar de falsidade ideológica para investigar seus minions (segundo o GURPS Illuminati, os Grandes Mestres Secretos fazem isso o tempo todo – seriam eles deuses gregos?). Por sua vez, a parábola católica somente me ensinou um pouco de matemática (uma matéria na qual, durante o odioso ensino fundamental, eu era péssimo). Milagre?
1.600 caracteres e vários meses depois de conhecer o mito, chegou minha vez de recepcionar Zeus e ser um bom anfitrião. Não que Zeus pessoalmente tivesse ido à minha casa, mas convenhamos: tivesse ido, não seria tão bem recebido quanto a Paula foi naquele verão.
Apesar das toalhas perdidas (em uma época anterior ao Guia), foram semanas recheadas de aventuras, festas, ameixas e muito pisso. No final das contas, quem mais aproveitou aquele tempo foi a própria Paula que, alguns meses depois, receberia um presente ainda melhor (detalhes em seguida).
Claro que tudo o que vai, volta. A própria Paula sentiria isso quando eu próprio fui visitá-la algum tempo depois, quando a situação se inverteu (agora, quem estava em Porto Alegre era ela!). Apesar dos pesares, foi um tempo bem divertido, que merece um texto só pra ele.
Mas a verdade é que corto essa narrativa porque não há sentido continuá-la sem a presença da Paula, que de certa forma é a estrela deste texto. Phaw, teu aniversário é no final do mês e mesmo já tendo te dado o melhor presente da tua vida (o Fofo!), vou comprar uma lembrancinha. Ou rachar algo mais caro com o pessoal. O que sair mais em conta.
Um comentário:
Com certeza muito mais divertido do que hotel~
(Enquanto uns hospedam Zeus, outros oferecem hospedagem para a Morte ano que vem - se tudo der certo /o/)
Respondendo a pergunta (por milagre você não está no msn o.O):
I'm so happy só aparece no álbum especial "The Best of L'Arc~en~Ciel c/w" e no single "Kaze ni Kienaide" (As músicas b-side dos singles não são colocadas nos álbuns normais). Posso te passar ela, se quiser _o/
=*
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