2008/09/13

E nós já estavamos felizes com a fita cassete...

"256kb sempre serão suficientes"
Bill Gates


Em uma tarde ensolarada, era hábito meu ir para o pátio e brincar de Comandos em ação com os amigos. Isso tudo nos primórdios da infância. Em meio às diversas aventuras, que envolviam batalhas épicas, fatalitys e a clássica frase "você arranhou a pintura", costumávamos colocar alguma música para servir de fundo.

Naquela época, haviam apenas três formas de ouvir música: ou você ouvia pelo rádio, ou usando um disco de vinil, ou uma fita cassete. Ainda lembro uma de minhas primeiras visitas aos mercados de produtos informais (vulgo camelódromo), onde adquiri um boneco dos Cavaleiros do Zodíaco (por 15 reais!) e recebi, como bônus, uma fita cassete com as músicas da série (aquele da capa roxa, lembram?).

O ano era 1994, ou 95, não lembro. Alguns meses depois, no meu aniversário, eu ganharia meu primeiro cd. Era um presente de uma madrinha que eu não via com freqüência, e que, certamente, não conhecia os meus gostos. Se conhecesse, não teria me dado a trilha sonora nacional da primeira temporada de Malhação. Alias, se conhecesse, não teria dado cd algum, pois saberia que nós não tinhamos um cd-player.

O cd da Malhação ficou jogado em um canto, esquecido. O próprio cd – a tecnologia – a recém começava a ser introduzida no Brasil. Lá fora, existia desde 1979. Alguns anos antes, em 93, o próprio dvd estava sendo criado. O cd, a novidade, já estava ultrapassada.

Já o cd-player, aquela maravilha, chegou aqui em casa algum tempo depois. Eu não ouvi Malhação. Meu pai havia comprado, junto com o aparelho, uma coleção considerável de discos, que incluia, veja só, o cd dos mesmos Cavaleiros do Zodíaco. O tempo passou e as lojas de disco proliferaram (era uma era pré-mp3). A cultura do cheque-cd se disseminou. Minha madrinha nunca mais me daria um cd que eu não gostaria. Ela nunca mais me daria um presente, de qualquer forma.

Foi mais ou menos em 1998 que, em uma janta na casa de amigos do pai, vi o primeiro filme em dvd. E o assisti em um home-theather, o que implicou em duas tecnologias novas para absorver. Nem lembro quando compramos nosso primeiro aparelho, só do espanto da mãe ao descobrir que não sabia rebobiná-lo.

A predominância do dvd também não durou muito. Em 2003, foi apresentado o primeiro formato daquilo que seria chamado de blu-ray, uma tecnologia que só agora começa a aparecer nas listas de torrents.

Em termos de armazenagem de dados, já se foi o tempo em que 700mb bastavam. A Inquisition, em seus primeiros dias, contava com um hd de 20gb que para mim pareciam infinitos. Hoje em dia a Tensei tem 450gb e eu convivo diariamente com o problema da falta de espaço. Os dvds de 4,5 gb são um alívio, claro, mas mesmo eles estão longe de resolver minhas necessidades. Dizem por ai que existem dvds de 9gb de capacidade, mas eles são caros demais pra compensar o investimento. Para comparar, o blu-ray mais simples comporta 7,8gb (até um máximo de 50 em discos de camada dupla de 12cm).

Enquanto isso, já estão sendo desenvolvidas tecnologias de armazenamento de dados ainda mais capazes. O Ultra Density Optical (UDO), por exemplo, pode suportar de 12 à 500 gb. O Holographic Versatile Disc (HVD), por sua vez, vai conter até 3,9 terabytes. O que não é pouca coisa. Alias, lançaram há algum tempo uma tecnologia que permite que se imprima quantidades gigantescas de dados em... uma folha A4.

Ai chega o Leonardo e manda e-mail dizendo que o blu-ray é passado. Faça-me o favor...

3 comentários:

Anônimo disse...

Rá!
Eu preciso de um aparelho para tocar meus velhos e queridos disquinhos!

Anônimo disse...

me lembro como se fosse hoje quando comprei meu primeiro CD...
Arise do Sepultura!!!

Anônimo disse...

ai mano, se liga que o bluray nao vingo ainda, tem tambem o hd dvd
http://pt.wikipedia.org/wiki/HD_DVD

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