Questão de opinião
A Jornada de Literatura, como não poderia deixar de ser, é um espaço extremamente pluralista. Por todos os cantos, podem-se ver pessoas discutindo sobre os mais variados temas dentro da proposta central – e também fora dela -, muitas vezes com opiniões diferentes. Dentro da livraria da UPF, localizada ao lado do Buffet da Literatura, uma discussão acerca da qualidade dos textos de Gabriel Garcia Marques terminou com a seguinte constatação:
Sikora: É o que eu sempre digo: o que é Nobel para uns não é Nobel para outros.
"Já chegamos?"
Algumas das maiores reclamações da equipe de jornadetes da 4ª Jornadinha é sobre a morosidade de certos autores. Durante as conversas nas lonas, eles se perdem em divagações sobre as obras, o que pouco interessa ao jovem leitor. Os escritores que melhor cativaram o público foram aqueles que, ao invés de explicações técnicas, contaram histórias às crianças. Um aluno, não suportando mais a situação, reclamou ao seu professor. A resposta do docente foi surpreendente: "Se tu ta de saco cheio imagina eu!".
Não esqueça de puxar a descarga
Por falar em jornadinha, outro comentário que rola é sobre os professores que praticamente jogam seus alunos no colo das jornadetes para que eles sejam levados ao banheiro. A solução que a equipe encontrou foi aguardar até que se juntem determinado número de crianças para encaminhá-las em grupo. Durante uma das excursões, como side-effect e comic relief, uma menina olhou para a jornadete e, com os olhos brilhando, disse: "eu vou fazer cocô".
Desfalques
Na abertura da Jornadinha, uma das jornadetes parou para descansar depois da correria inicial. Tomou uma bronca tão grande de uma organizadora que foi embora, quase chorando, na mesma hora. Esse desfalque se acumula com outros que a equipe vem sofrendo. Segundo dados não-oficiais, a única lona que contou com o time completo foi a vermelha. Nas tendas azul e verde, faltaram três em cada. Já na lona amarela, sete pessoas não compareceram.
Uma das jornadetes esclarece a situação: "As pessoas se inscrevem e aparecem no primeiro dia para pegar os vales-alimentação e as passagens de ônibus, depois somem. Segunda-feira não faltou ninguém!", desabafa. Outros encarregados do evento contam que, durante o período da manhã, muitas jornadetes caminhavam de um lado para o outro, fingindo que faziam alguma coisa.
Também quero!
Essa deveria ter saído ainda na segunda, mas por algum motivo ficou de fora. A história é que, conta a lenda, um foi visto no Boka reclamando para um colega de legislativo, em alto e bom tom, porque não havia discursado durante a abertura. A síndrome de estrelismo que atingiu o Circo da Cultura foi muito pior na terça-feira.
Cuidado com o charuto!
Em entrevista à rádio 99 UPF, o escritor cubano Reinaldo Antunes não poupou palavras e comparou as jornadetes à preservativos. Nas palavras do próprio autor, elas seriam "instrumentos de sexo seguro". No calor do desabafo, levamos a Tene para conversar com o escritor, no meio da sessão de autógrafos. A conversa começou assim:
Tene: Posso tirar uma foto com o seu troféu?
Depois disso, o papo evoluiu ao ponto do escritor chamar a Tene de "sex symbol da Jornada". Mas bastava caminhar um pouco por ali para encontrar material muito melhor.
Depois do festerê
Um dos comentários da assessoria de imprensa se refere aos jornalistas que deixam lixo na sala de imprensa. Do lado de um dos computadores até uma taça de champagne foi esquecida.
Só para finalizar, mais uma daquelas frases que são engraçadas mesmo sem contexto:
Guilherme: Hoje o dia foi calmo e eu estou tranquil... O QUE É AQUILO?!?!
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